RELICÁRIO BAR - HORTOÂNDIA

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

o vázio da distância

É em dias assim,
Que me sinto mais distante de mim mesmo.
Olhando para a solidão dessas paredes,
Que um dia eram vivas,
Custo a acreditar no fim.
Hoje nos cantos vazios desta casa ecoa o silêncio.
Silêncio de um beijo, silêncio de um afago.
Saudade do calor e do abraço,
Que aos poucos o tempo tirara de mim.
A maçante rotina dos dias,
Maquiou o amor,
Que ainda existia.
Então houve um adeus,
O amor aos poucos se perdeu.
Levou das paredes, a vida!
Deixou o vazio na casa.
Deixou em meu peito aberta a ferida.
Que queima ardendo em brasa.