RELICÁRIO BAR - HORTOÂNDIA

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domingo, 12 de maio de 2013

CARTA AO TEMPO

Me sinto recluso nesta solidão,
e meu coração,
intruso,
derrama lágrimas em vão.
Me aprisiono dentro de mim mesmo,
não consigo transpor as grades que eu mesmo criei.
Feito um barco a deriva sigo a esmo,
tão sozinho, tão perdido, 
tão sem ninho.
Quando muitos abraçam suas mães,
em meu canto nunca tive esse carinho,
nem em vagas lembranças lembro-me se isso vivi...
Não posso definir com palavras,
nem com conhecimento de causa,
o que eu nunca pude sentir.
Não há registro em minha memória,
do calor de um abraço teu...
daquele calor de mãe,
 que nos envolve e nos protege por inteiro,
Certamente que houve mas não sei precisar, 
se com tamanho zelo,
talvez nunca te fale o quão seria isso importante pra mim,
bem mais valioso que qualquer dinheiro.
não consigo ver poesia neste desabafo,
os poemas que escrevo nascem de meus sentimentos,
nascem de dentro de minh'alma,
não posso falar do que nunca tive e nunca senti,
apenas lamentar e manter minha calma.